Essa análise tem como objetivo fornecer uma visão geral dos ensaios de ligação de ligantes in vitro de última geração para investigar interações receptor-ligante. Além de introduzir princípios de métodos e novos desenvolvimentos, destacamos as vantagens e limitações (resumo nas Tabelas 1–3) e fornecemos recomendações com o objetivo de que os leitores possam usar essas informações como referência ao escolher a(s) técnica(s) de interação proteína/receptor-ligante mais adequada(s) para estudar seu sistema. Para referência, também incluímos alguns exemplos de interações ligante-receptor de plantas caracterizadas por diferentes metodologias.
Nas plantas, as interações receptor-ligante governam e monitoram um grande número de processos fisiológicos, incluindo crescimento, desenvolvimento de plantas, imunidade e interações com o meio ambiente, entre outras respostas biológicas. Ao detectar e ligar os ligantes, os receptores ativam ou inibem as vias de sinalização bioquímica para regular os processos celulares (Lumba et al., 2010; Couto e Zipfel, 2016; Hohmann et al., 2017, 2018a; Moussu e Santiago, 2019).
A identificação dos principais atores e a caracterização das suas interações bioquímicas são fundamentais para a compreensão dos mecanismos moleculares que regulam esses processos. Um aspecto crucial para desvendar os mecanismos bioquímicos por trás da comunicação celular é a quantificação dos diferentes parâmetros que impulsionam a formação de complexos de sinalização (Du et al., 2016). Atualmente, existem diferentes técnicas disponíveis para quantificar interações biomoleculares que proporcionam afinidade de ligação (a força da interação entre duas moléculas), cinética (a velocidade da interação) e especificidade ligante (a especificidade da interação entre duas moléculas).
Essa análise tem como objetivo fornecer uma visão geral dos ensaios de ligação de ligantes in vitro de última geração para investigar interações receptor-ligante. Uma extensa análise dos métodos de análise das interações proteína-proteína in vivo foi recentemente publicada por Xing et al. (2016). Além de introduzir princípios de métodos e novos desenvolvimentos, destacamos as vantagens e limitações e fornecemos recomendações com o objetivo de que os leitores possam usar essas informações como referência ao escolher a(s) técnica(s) de interação proteína/receptor-ligante mais adequada(s) para estudar seu sistema. Para referência, também incluímos alguns exemplos de interações ligante-receptor de plantas caracterizadas por diferentes metodologias.